9 de setembro de 2018

FOLGADOS

Nei Duclós


Morrer de amor, ah êxtase profundo
Quem dera o mundo
fosse assim pequeno
Que coubesse numa cama e de veneno
Só provasse o sabor da nossa entrega

Nessa refrega somos combatentes
Em missão urgente em cima da derrama
Contemos sentimento em cada dobra
Do corpo em convulso movimento

Depois a paz! e o mar rugindo ao fundo
Quer participar, monstro salgado
mas ele é espuma e nós bem sorridentes
Temos a cara de dois baita folgados

Morrer de amor, mas só de onda





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