Confino o momento em paredes de barro
Cozido em fornos de granito e aço
Sinto que é dia, vejo pela janela
Lá fora a manhã, aqui dentro o cansaço
Espero sair sem ter mais cuidados
Os bancos da praça, as praias lotadas
Ficar de castigo quando há tanta vida
Qual foi o crime, guardião dos pecados?
Não finjo inocência, sou fruto do tempo
Mas há uma parcela de humano convívio
Que me dá o direito de ser perdoado
Desenho a paisagem que me absorve
É o poema, esse acervo da sorte
Sossego de outono sem a primavera
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