Não quero saber das palavras
Das histórias das pesquisas
Dos amores das notícias
Das opiniões das artes
Dos poemas das sinfonias
Dos filmes dos exercícios
Não me interessa a economia
O desperdício das políticas
Dos governos dos golpes
Dos poderes dos crimes das denúncias
Das comidas dos licores cervejas vinhos
Dos jantares encontros contatos
De familias de vizinhos
Não me interessa a idade a sociedade a comunidade
A alteridade a resiliência a ciência e o imaginário
Não faço questão dos corpos da saudade
Nem quero saber dos cuidados amizades vontades
Não quero viver amarrado a contas promessas esperanças fugas
Quero só ver de frente
O que pega. A verdade
Seja ela qual for
Séria, antiga. A coragem
A cavar fundo para encontrar
O que evito nestes versos covardes
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