Vamos morrendo um a um
Tanto o próximo quanto o ausente
Todos nos fazem falta
Não temos mais o que dizer
Força, meus sentimentos
Vai passar, nada melhor que o tempo
Falamos sem certezas
A não ser a proximidade da morte
Que estava longe e hoje invade o bairro
Ir às compras é temerário
Não há mais funerais; velórios
A não ser as tumbas, as cinzas, as orações sem despedidas
Cartas de suicídio, depressão
A não ser a lua que se soma
Às nossas necessidades de beleza
Venha musa, amiga, princesa
Cubra o mundo com teu manto puro
Diga que me vê
E aos meus semelhantes
E diversos seres humanos
Junto aos animais e as plantas
Vida é o que devemos
Vida. E seu exagero
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