Nei Duclós
Este ano de 2017 também não ficou para trás. Como nos anos
anteriores foi um ano intenso na literatura. Além da minha estreia em Portugal, participando da antologia DO MOSTO À PALAVRA, pela Chiado Editora, de Lisboa, lancei seis ebooks:
- PALAVRA NA PEDRA, com 180 poemas produzidos e publicados
este ano nas redes sociais. Edição do Autor
- A VIAJANTE OBSCURA, poemas, ,na Amazon, pela Editora
Bestiário, de Porto Alegre.
- ARRASO POEMAS DE AMOR, sonetos, também pela Bestiário na
Amazon.
- OUTUBRO. poemas, edição comemorativa de 40 anos de
lançamento, em ebook, na Amazon, pela Bestiário.
- O REFÚGIO DO PRÍNCIPE, contos e crônicas, pela Amazon e
Bestiário.
- NAUS SEM VOLTA DO MEU CANTO, Antologia poética em pdf, Edição do Autor.
- NAUS SEM VOLTA DO MEU CANTO, Antologia poética em pdf, Edição do Autor.
E MAIS:
Concorri, e não ganhei, a prêmios literários com um romance
e um livro de poemas, ambos inéditos.
Encaminhei, a pedido, para a editora Insular meu livro O
JORNALISMO QUE APRENDI A FAZER, que sairá impresso.
Também a pedido, preparei um livro inédito com uma seleta
dos meus aforismos e poemas curtíssimos que comumente publico nas redes sociais
há uns dez anos.
Nos meus projetos, está uma reunião de artigos sobre
História. Ainda no início da organização do vasto material. Com isso meu livro
de ensaios AS RUÍNAS DO DISCURSO, fica mais focado na literatura (prosa e
poesia).
Preparo uma segunda edição do meu livro TODO FILME É SOBRE
CINEMA, adicionando muitos textos novos que publiquei nos últimos anos sobre a
Sétima Arte (incluindo as séries da Netflix).
Atualizo o ebook de JACK O MARUJO para o próximo ano.
Iniciei mais um livro para lançar no ano que vem e que já
conta com 50 poemas.
Publiquei prefácios para livros de poeta Celso Gutfreind e
da romancista Vera Ione Silva.
Tudo isso graças à oportunidade da exposição na internet, à
dedicação integral ao ofício e à recepção carinhosa e entusiasmado de inúmeros
amigos, leitores e autores, que aqui comparecem com sua atenção, seu incentivo
e sua generosidade.
Bom fim de ano. E aproveitem para continuar comparecendo com
a força dada ao escriba veterano adquirindo exemplares dessa literatura enorme,
mas ainda invisível em certas áreas. Não por muito tempo, espero.
Um dos poemas de PALAVRA NA PEDRA:
ADVERSO
Ponho sobre a mesa
na superfície de vento
palavras em queda livre
por sua vez, sem o peso
que define o que enxergo
Uma escultura de gesso
seria algo mais denso
do que o poema adverso
feito de gestos apenas
e intenções sem aprumo
Perdi contato com coisas
hoje convivo no escuro
sei que produzo fagulhas
mas são estrelas extintas
Há uma parede, a neblina
Sou artífice sem madeira
Imagino preciosismos
Trabalho de sol a lua
em algo além do ofício
Desenho a voz do futuro
Nei Duclós
Um poema de A VIAJANTE OBSCURA:
AMOR É RUPTURA
Amor é ruptura, do breu extrai
a ametista, a bruma mista
de capuz e Lua
Amor é crua dimensão da vista
quando apruma a coluna
sobre a proa
Amor é fria contenção de cítaras
palavras sem sentido
só balido e vidro
Amor é composição de espinhos
ordem na fogueira
valsa de conflitos
Amor é duende quando sai da gruta
e assombra a profecia
com estampidos
Amor se ouve além de Júpiter
na viagem ultra-estelar
do nosso grito
Nei Duclós
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