Nei Duclós
Contemplo a palavra, roça de reza
Cavo na terra o fruto ainda moço
Quem vê de longe não se sossega
Espera que eu saia do poder submerso
Nasci para o verbo, ação sem milagre
Dele não nasce a semente ou a erva
Limita-se ao corpo de invisível obra
Vislumbre de nuvem, tambor de compasso
Pastor de um rebanho que vive por conta
Remanso de água que aguarda na ponte
Sou servo da estrela, senhor de um espaço
Onde cumpre o poema seu esquema de caça
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