25 de novembro de 2017

INVENTOR



Nei Duclós

O poema te cura do veneno
Que adquiriste na leitura rápida
De espíritos desatentos

Crias o antídoto
Teu pulo certeiro
Sobre a palavra a ferros
Em masmorras de tiranos

Depois acham que és romântico
Quando não passas de um inventor arisco
No meio da tontura sonâmbula
Um passageiro do tempo acossado pelo espanto


Nenhum comentário:

Postar um comentário