Nei Duclós
Se no dedo de prosa
há uma flor, que é o poema
Mesmo não sendo a rosa
mas uma espécie pequena
colhida só pelo vento
e recolhida de um canto
Mas que expressa seu brilho
o porte do seu segredo
Rebento que ninguém nota
por ser de mato mais tenro
Misturada aos condenados
do corte do jardineiro
E sem batismo em catálogo
quem sabe não perde tempo
Mas que cabe na pesquisa
do dia posto em sossego
Por favor lhe reconheça
o papel que exerce cedo
O de gerar cumprimentos
entre quem se desconhece
E por isso é uma ponte
que terá chance com o tempo
Será flor que te ofereço
por ter valor em si mesma
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