Nei Duclós
Nem sempre venço
Perco nos intervalos
nos números pares
Nos ímpares vou ao pódio
farol da barra
Mas o recital da dívida
se recompõe como cabeça
de hidra reciclada
Jogo quando
não há estádio
No campinho tosco
chuto a bola de meia
palavra ainda em pedra
Cruzo o continente
com molambos de areia
Anunciam: lá vem
o invasor
em busca da sereia
Mestre canoeiro
da maré alta