7 de janeiro de 2016

LEMBRANÇA



Nei Duclós

Lembrança não cabe
mais no presente
o passado mora longe
e perde o fôlego

Nem sempre acerto
faço más escolhas
palavras que não disse,
falsos sentimentos

Recebo mensagens
de renascimentos
mas não se adaptam
na quebra de roteiro

Não quero registrar
a estranha defasagem
entre memória e tempo
Prefiro que se perca

Se me concentro
invento uma viagem
o futuro, essa ilusão
em ritmo de coragem


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