Nei Duclós
Minas não conheço, sei que lá habita
as artes da beleza, azuis do abismo
lugares ermos de montanha e planície
e a faísca de rochas entre segredos
ou seria o ouro, desperdiçado há tempos
por colonizadores cruzados de relhos?
Sei que povoaram os metais já gastos
em guerras ancestrais e reza penitente
Minas que foi branca de cal e fogueiras
sobre corpos escuros e ideias sem freio
hoje te veste como se fosses cinema
Pele morena, personagem de espelhos
que se multiplica no calor do poema
Ele atinge o pico se estiveres por perto
RETORNO – Imagem desta edição: Rita Hayworth.