Nei Duclós
O que hoje são pedras
Que se amontoam em formas bizarras
A lembrar antigos templos
Paredões de catedrais sem santos
Altares soltos em trilhas detonadas
E faces de gigantes talhadas nas montanhas
Não foram pedras
Eram seres orgânicos
Mudavam de forma em caldeirões
Cercaram as águas para que jorrassem eternamente
Não foi a maldição que as imobilizou em esculturas disformes
Foi o próprio tempo
Que não conseguiu
matá-las por serem feitas
À imagem e semelhança de um Deus enorme
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