The Crown 4
COROA MAL ASSOMBRADA
Nei Duclós
Num filme, história baseada em fatos reais é, como qualquer outra, cinema. A quarta temporada de The Crown se baseia em folmes clássicos para contar a maldição da família real britânica. Como em As regras do jogo, de Jean Renoir (1939) apresenta a nobreza britânica selecionando os adventicios, como Margaret Thacher ou Diana Spencer, por meio de testes que são armadilhas. O confronto entre os nobres e o resto é uma véspera de desastres como notou Renoir ao comentar seu clássico ambientado no clima sinistro da segunda guerra iminente.
O que conta são roteiros, cenas, interpretações e cenários que funcionam como cinema. Só assim haverá chance para a História. Por isso The Crown lança mão de outro tema clássico, abordado por Giuseppe Tornatore em Estamos todos bem (1990), baseado em Era um vez em Tokio, de Yazujiro Ozu ( 1953), em que pais visitam os filhos para ver como estão e sofrem ao descobrir a realidade.
Finalmente, a série mostra como uma comédia romântica vira um pesadelo bergmaniano de cenas de um casamento.
Vemos então Lady Di entrando em parafuso na maldição da coroa, Thatcher enfrentando o vazio de uma aristocracia criminosa, e a rainha enfentado seus terrores tentando se manter firme no trono que precisou eliminar parentes indesejados acometidos de doenças mentais, entre outras situações.
Vemos como a princesa é ameaçada pelo sogro e como é deixada de lado depois de gerar o futuro rei.
Informações técnicas pela internet. Aqui abordamos a obra na minha perspectiva de Todo filme é sobre cinema.
Nei Duclós
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