Nei Duclós
Amor é o que se espera
No coração desta hora
Não palavras de amor
Com sentimento de perda
Mas ganho de corpo em flor
Perfume do bom concerto
Sinfônico realejo
Num papelzinho da sorte
Amor que chega do Norte
E no sul o sonho instala
Rosa dos ventos, mandala
Diáspora do rosto deserto
Concentração de um conceito
O ser sem nenhum freio
A não ser o beijo alheio
Que na noite alta trava
Amor feito um cocheiro
Cego que inventa a estrada
E pega em bruto rodeio
A cintura de uma fada
Amor que dança uma valsa
E sussurra num bolero
Que arrasa em pequena orquestra
E cai em qualquer conversa
Amor que bem cedo venha
De manhã ou logo à tarde
Desde que eu fique no meio
A segurar sua barra
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