Nei Duclós
Sentes vergonha mas não devia
Fecho meus olhos talvez ajude
Assim ficas livre e eu me poupo
De ver tua carinha se desmanchando
Quando bate o sino
Gosta mas nega a mulherzinha
Jogo de presa e predador faminto
Tens um nome a zelar, uma postura
E receias que eu diga aos quatro ventos
Eu me contenho apesar do orgulho
Não acho vantagem entronizar o êxtase
Basta que durmas em meu ombro enorme
Depois de arrepender-se da refrega
Sentes vergonha mas não aguentas
Tua pele sem as mãos do bruto escriba
Por isso voltas ao sofá da sala
Exibindo a saia até o umbigo
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