Nei Duclós
Quando nos reencontramos
Não sabia o que fazer com as mãos
Se continuavam ocupadas com as malas
Se eu devia te pegar de alguma forma
Tocando teu braço ou rosto
Ou se deveria procurar a passagem do avião
Que nos levaria para o mesmo destino
Apesar da falta de combinação
Foi só coincidência
E quando enfim o abraço nos grudou
No aeroporto pasmo diante dos amantes rompidos
De repente redescobrimos o amor
Cão farejador que se recusa a ocupar o bagageiro
E senta conosco a lamber-nos a cara machucada pela solidão
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