Nei Duclós
Cedo despertas, mas não cedes
qualquer margem do teu desejo
Não sou o alvo, sou o canteiro
Onde exerces tua natureza
De flor a pleno, perdição do ermo
Não me conformo, sinto ciúmes
E aproximo pedra em vez de húmus
Falo por ervas que te assediam
Pois não te colho, pétala de sonho
Não há solução para este enrosco
Dependes de mim, que te acompanha
Não me reconheces, plantação estranha
Eu então me vingo, namoro a Lua
Mulher madura, mas ainda moça
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