Nei Duclós
Não sei a
quem amar e a que horas
O corpo está
vazio, copo da aurora
Onde verte o
mel no dia frio
Palavra que
não há
jogo de
esgrima
Para estocar
o fel
E a
purpurina
Mistura de
abandono e rima pobre
É só a
sóbria solidão do cabra
Armado de
facão e ordem escrita
Por um
escrivão cego e convicto
A cumprir
pena por não fazer sentido
Não sei se
me perdi
Ou se estou
vivo
O fogo
roubado em Prometeu
É meu alívio
E aguardo a
ave de Afrodite
Comer-me o
fígado
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