Nei Duclós
Não tenho um amor
Desde que partiste
E me deixaste tonto
Sem saber o que fazer da arte
que me ensinaste:
o poema de amor
meu desvio de conduta
Pois eu era Maiakovski e virei árcade
Gentil pastora
Não tenho terra ou gado
Desaprendi de atirar, deixei de ser soldado
Hoje sou inútil burocrata
Carimbo passaportes sem vocação de viagens
Se vieres de Paris estarei de guarda
Na entrada de um aeroporto pálido
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