Nei Duclós
Arrisco o novo poema
Sabendo que é escassa
A chance de acerto
Já disse o que
deveria
Melhor seria calar-me
Ou cuidar de outras coisas
Mas o dia é selvagem
É não se adapta ao acervo
Chuta o balde, rosna
Vai para a rua e não
volta
Insubmisso, travesso
O dia que nasce é o
louco tempo
Parece idêntico a ontem
Pronto para a obediência
Mas ele grita por socorro
À sua pastora de
ventos
Mesmo sem brilho
O verso atende
Pela mão do poeta ao relento
E do leitor ainda verde
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