Nei Duclós
Amamos no desespero
Quando nada é suficiente
Nem o choro ou o remorso
O consolo, o conselho
Ou mesmo a mão que afaga
Na plena dor que apedreja
Aí vemos a artimanha
De Cupido, o deus travesso
Que oculto se aproveita
Da situação sem
sossego
O seu dardo envenenado
Serve de vinho
espumante
O efeito inebriante
Usa a lágrima candente
Para o coração delirante
Ter emoção benfazeja
Depois passa
E brigamos
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