Nei Duclós
A nudez do ofício é criar com as mãos limpas
Sem ferramentas, o formão e o cepilho
Trazer a régua impregnada nos olhos
O compasso no gesto mínimo
Arte composta de ar e perfume
De dobras de mármore e gotas de argila
O barro mais pobre na rude oficina
A louça do braço e o sopro da espinha
Saber o que pega sem mero registro
Uma obra aberta, sólida nuvem
O verso que irrompe entre luzes
A pintura mais densa do que a primavera
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