Nei Duclós
Nem sempre a palavra atinge o alvo
É quando volta para nós, tensos no arco
A corda retesada, a lingua solta
A traição da flecha envenenada
Queríamos esquecer mas já é tarde
O erro sobrevive ao pifio gesto
O de dizer à toa, obra dispersa
Enquanto fica imune o objeto
Ou o ser que dominava o rumo grave
Ele desaparece junto com a ofensa
E nós ficamos presos na tocaia
Nenhum comentário:
Postar um comentário