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4 de novembro de 2011
CALOR
Nei Duclós
Beleza suprema que ninguém cultua
a não ser o pastor do mundo antigo
jamais enxergam o que pega chuva
teu ombro, curva sobre a serrania
Acompanho o flerte, fonte de doçura
reverencio os dotes da tua poesia
corpo sem freio e jogo de cintura
sereno porte, sopra que machuca
Velo no sol quando o amor sesteia
a sombra do vestido em perna nua
visão do campo que o calor lambuza
Passa lotado o tempo distraído
nuvem de deuses feita de improviso
nos intervalos da Obra, tua escultura
RETORNO - Imagem desta edição: obra de William Bouguereau
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