Blog de Nei Duclós. Jornalismo. Poesia. Literatura. Televisão. Cinema. Crítica. Livros. Cultura. Política. Esportes. História.
28 de outubro de 2011
SARRO
Nei Duclós
Sou teu escravo, mas não me tens cativo
e sendo minha não serás meu gado
proprietária da graça que te faz rainha
impões com a beleza o que me dá vontade
Perguntam como faço quando estás sozinha
e cuidas do teu corpo, extrema divindade
digo que me deito à espreita da vinha
apogeu da festa sem papéis trocados
A não ser que o curral onde o desejo esgrime
abrigue uma transgressão de personagens
e viramos bichos farejando o orgasmo
A submissão se exime e pede licença
deixa de ser tortura, exílio e desavença
e se transforma no sorvo de infinito sarro
RETORNO - Imagem desta edição: A Onda, obra de William Adolphe Bouguereau.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário