Pensar deixa o poema sem status
Fica parecendo pátio de sucata
Sem o apelo comum da poesia
Puro cálculo em estado bruto
Em compensação dribla a armadilha
Que o coração combina com a palavra
O imã enigmático das estrofes
A pulsação cega dos namoros
Pensar em poesia é só conflito
Trabalha a cena com o claro escuro
E deixa o arco- iris na gaveta
Matuta o verso sua principal birra
Como contrapor-se ao que manda o verbo
Sem enredar-se nos rabiscos do caderno
Pensar é tormento. Melhor deixar que cante o lírico concerto
Para isso presta o pastor do vil rebanho
O que apascenta o talento na tosquia
Nenhum comentário:
Postar um comentário