Nei Duclós
Dizer é uma aventura
A palavra presa à juventude
O verbo na praça, o medo no escuro
O amor de tocaia numa esquina
A dúvida de ser, o pulo no abismo
O tempo afiando facas na cozinha
E chamam de poesia
Essa bruta coleção de ruínas
Pressa de fazer antes que termine
O colossal momento fugitivo
Onde descobres o cúmplice de todos os crimes
Tu mesmo, carrossel ainda úmido
No abandono do parque sem luz
das primeiras horas do dia
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