Nei Duclós
Digo para me escutar
Assim exponho as mobilias de dentro
Que a alma, penumbra, confunde na mistura
Enxergo melhor a palavra que extraio profunda
E fica sem carisma mostrando suas rugas
na frente de casa grudada à rua
É o poema, jardim tão mal cuidado
Que atrai a pena de quem por acaso passa
Colhem a flor que brota à revelia
Porque o amor não é próprio da poesia
São apenas meus guardados
Uma estranha compulsão de fazer arte
Nem sempre bem sucedida
O coração surpreende quando cai na vida
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