Nei Duclós
Imaginei meu
corpo remoto,
em algum
porto perdido.
Exausto até
dos navios,
que jamais
trazem a boa nova.
Mendigo do
cais
a catar
palavras de plástico
para vender
no mercado.
Numa delas,
um bilhete teu,
escrito aos
garranchos.
Estavas
submetida às ordens dos piratas.
Foi quando
me engajei num barco de guerra
disfarçado
de transporte de carga.
Fiquei atrás
do canhão maior
e treinei a
mira até chegar aos teus redutos.
Lá te tirei
das garras dos bandidos.
Estavas
trêmula de saudade,
flor que não
se esgarça.
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