14 de abril de 2014

CAMPO ABERTO



Nei Duclós

Em segredo sabemos o que pega
Paredes da fantasia nos cercam
A esperança passa na janela  
O rosto da doçura se completa

Navegamos em águas remotas
A palavra se morde na hora certa
É quando se solta, verve, verbo
feito pedra onde bate a maré

Como ninguém vê, estamos sós
planície que no teu corpo medra
e eu colho, ceifador de violetas

Corte de campo aberto, sebe
hectares de uma terra insana
floresta no ar roxo, esparramo