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22 de setembro de 2011
TINTA
Nei Duclós
Perdão,amor, por te querer tanto
sentir dá rasteira em teu apreço
o que fazer de mim, traste supremo
pássaro de praia contra o vento?
Não temo nada, a não ser perder-te
ver a chance do rio sugar a escama
não importa se o verso traz bocejo
fogo do vale longe da montanha
É bizarro ser se desconheço
o que antes de você foi o poema
inventor do sonho ainda no berço
Nada lhe dou a não ser soneto
é pouco, mas é só o que tenho
Um pedaço de papel e uma caneta
RETORNO - Imagem desta edição: tirei daqui.
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