31 de julho de 2011

ESCONDERIJO


Nei Duclós

Um canivete, uma pedra,
qualquer objeto
a foto de um quintal
guardados no esconderijo,
ao pé do da árvore brava

Tudo é memória e poeira.
O Tempo nada vale
e a vaidade,
presa na clepsidra, se derrama
sobre um formigueiro

Não importa,amor, o que o século
trouxe e depositou em nosso rosto.
Folheamos os dias como frutos
que ninguém colhe
e caem na primeira chuva



RETORNO - Imagem desta edição:obra de Caspar David Friederich

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