Blog de Nei Duclós. Jornalismo. Poesia. Literatura. Televisão. Cinema. Crítica. Livros. Cultura. Política. Esportes. História.
27 de maio de 2010
SELVAGEM
Nei Duclós
Fui Rocinante, pedra e caminho
Depois Quixote contra moinho
Hoje governo ilha e Cervantes
Herdei o elmo, herdei o estribo
Herdei os livros fora da estante
Tinta em papéis sujos de trigo
No escudo, gamela de cobre
Vejo a aventura fora de linha
Do sonho migrei para o aviso
Fui escudeiro de antigo nobre
Palavras jogadas no alforge
Memórias de vencida lógica
Visito a sala onde a loucura
Era o espelho do amor perdido
Fantasmas em eterna fuga
No meu lombo louca linhagem
Bronze feito de pergaminho
Esguia fronte, triste figura
Fui viajante, virei raízes
Voltei ao cardo e ao espinho
Provei da selvagem literatura
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário