As flores que ninguém planta
são as melhores do ermo
De geração espontânea
fruto do esquecimento
Em jardins que não se ostentam
terrenos fora do eixo
Junto com plantas sem dono
Herdeiras de mil sementes
Que o tempo jogou no vento
Como versos ainda verdes
As flores que ninguém colhe
Porque nem sequer tem um cheiro
E não se prestam aos vasos
Ou a guirlandas de enfeite
Apenas flores sem nome
Que nascem só por deleite
Depois somem como os dias
que por acaso se escondem
na memória mais tardia
de um remoto horizonte
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