Cada vez enxergo menos, ou melhor, mais confuso, com
silhuetas preenchendo o que não vejo direito, com o olho formando cenas que
escapam ao cotidiano.
São mundos paralelos que a falta de visão inventa e acabam
existindo ali mesmo, se desdobrando em infinitos espelhos.
Num desses perfis de riscos e brilhos existo ainda eu, que
alguém tateia para adivinhar a que nos reduzimos nesta progressão no escuro.
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