Nei Duclós
É arriscado compor alguma coisa
Um muro, uma canção, uma cadeira
Combinar a curva e a linha reta
Cruzar veludo com madeira
E pensar no que será feito
Depois que ficar pronto
Quem vai querer pular, sentar, soltar a voz?
Pois o resultado independe da autoria
Tem a marca do estilo, a assinatura
Mas agora faz parte de quem usa
Uma primavera, um cachorro, uma criança
Será de flor o espetáculo da varanda
Quando o quintal se proteger da rua
Para a família que ouve a cantoria
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