Nei Duclós
Não parece ser a mesma pessoa
O autor e alguém que está no ônibus
Não há carisma no rosto coletvo
A contenção a que estamos envolvidos
Nada brilha ao vivo
Na cidade entregue à contingência
Calçadas difíceis, detonadas avenidas
O autor é a linguagem em outro sítio
Dentro de ti, que escuta a poesia
Não tente encontrá- la em sobressalto
Nos balcões da vida sem sossego
Mas basta um sorriso no olhar sem freio
Desse alguém que está quase indo embora
Para ver o verso enrodilhado
Na sua roupa gasta e o andar à toa
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