Nei Duclós
Tua beleza dispensa o poema
a palavra emudece, obsoleta
és a arte da própria natureza
prova de que tudo dará certo
O soneto fica mais simplório
quando tenta descrever-te
perde o motivo, se enreda
e fica num canto, meio besta
É que andas em câmara lenta
diante do nosso olhar atento
criatura de soberba presença
Não ouso sequer colher flor
porque nada em ti é suficiente
Pairas acima com tua realeza
RETORNO – Imagem desta edição: Cartherine Zeta Jones.