28 de maio de 2021

ÁRVORE

 Nei Duclós 


Brilha o sol da tua presença, amor que demora

Gastei os pés depois que foste embora

Na pista do teu rosto, ave canora

Corpo de armadilha na sombra das portas


Agora assomas inteira como árvore 

Solitária no campo surrado de amoras

Fustigas o vênto, sopro de rosas

No canteiro de junho, próxima flora 


Vivo desta tua devassa glória 

És o alimento da minha aurora

Coração que nada e ninguém  joga fora

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