Nei Duclós
Morena de mar, de viagens longínquas
Honraste, mulher, farda branca da Marinha
Não chegaste a capitã, no meio do caminho
Abandonaste a carreira para exercer um ofício
Explorar ametistas em remotas ilhas
E percorrer os portos com teu olhar felino
Todos te temiam , negociante exímia
A ninguém te entregaste, ardor em fogo brando
Até que me viste, poeta mendigo
De mãos rudes e palavras de espinho
Navegamos separados em navios mercantes
Só num lugar perdido colocamos em dia
O amor que brotou quando corremos perigo
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