Nei Duclós
Ando escondido, ficando exposto
Ser visto é o melhor disfarce
Se estivesse oculto, me descobririas
não por pesquisa, mas por pura arte
Enxergas em dobro, lince e medusa
penetras a carne que prefere o exílio
transformas em pedra meu perfil aquoso
conheces a gruta onde montei abrigo
À revelia, te sigo, depois que apontas
meu rosto pálido de viver na sombra
queres que o sol doure meus ouvidos
assim escutarei teu som de címbalos
Não tenho saída, atingi os redutos
que me limitam, ogro sem cacife
iluminas o sonho que estava extinto
me levas de volta para o monte Olimpo
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