Nei Duclós
Todo trabalho do ogro
Em obscura oficina
Malhando durante o dia
Queimando cobre no escuro
Era para ser o encontro
Com alguém que compartilha
Hoje um acervo longínquo
Autores que se apropriam
Da atenção que ele dedica
Ao compor verso preciso
Que mistério desorienta
O que era posto em destino
Que cansaço experimenta
A musa bem definida
Ao escolher outro rumo
Depois de jurar o vinculo?
Será culpa do poema
Gestado em ambiente lúgubre
Ou a aparência do mestre
Aos cuidados da insolência?
Ele confia na sorte
E nenhum sinal escuta
O crocitar da surpresa
De tocaia em seus redutos
Quando enfim se resolve
Está só diante da lua
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