Nei Duclós
Mantive o rumo depois de perder tudo
Havia bússola feita de agulha e imã
E um barco a remo de borracha e lona
Bebi o sangue misturado das estrelas
em noite alta, vigília da lua cheia
E devorei as algas geradas pelo abismo
Mendigo do vento depois
que faltou forças
Cheguei na maré que carregava deuses
Vi Netuno chamar Zeus para o combate
Estive a ponto de surrar o templo
De mercadores com olhar de vidro
Nasci convicto de que serei presente
quando bater o sino, íntimo do sonho
Sou passageiro de ancestral comboio
Navego para descobrir um continente
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