Nei Duclós
Nossas mãos vão deslizando para o adeus
mas querem outra coisa.
Deitamos no campo de olho nas estrelas.
Somos cadentes de tanto abandono.
O que virá agora?
Virá aquele sentimento indefinível.
Um beijo demorado, ou algo parecido.
O que fazer com esse beijo?
Vamos deixar que nos surpreenda.
Adivinho o gosto da tua boca.
Doce, como o mel do mato.
Agora te foste.
Fiquei com um sorriso engatilhado.
Vai durar muito.
RETORNO - Imagem desta edição: foto de Marga Cendón
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