Nei Duclós
Não tenho conteúdo. Sou continente.
Contenho tudo, curvas e correntes
despenco em matagais e cordilheiras
sobrevoo o que jamais se apresenta
Não corte a lenha do que produzo,
não acumule em lixos e estantes
broto miúdo, assomo ao ser gigante
curto a longa aparição dos astros
Colho amostras de uma flora funda
que medra em pânico na tormenta
parto sonoro em busca do confronto
Não te ofereço, apenas sou o mesmo
que se transforma em sólido presente
Tenho futuro, luz afiada no diamante
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