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11 de fevereiro de 2010
IDIOTIA EM AMPLO ESPECTRO: ALGUNS EXEMPLOS
O pior da imbecilidade que tomou o poder na política, na economia, no comportamento e na mídia, é que ela deixa descendentes e se perpetua, mantendo marginalizada a luz do entendimento básico. Tenho notado alguns exemplos dessa realidade sinistra:
ÚLTIMA HORA - O jornalista Benício Medeiros lança livro sobre o fim da Ultima Hora, de Samuel Wainer (A rotativa parou), e a Folha, ao dar a notícia, coloca o chapéu (aquela palavrinha em cima do título) Literatura e não Jornalismo. No texto, o idiota que aborda o assunto insiste na tese de que as redações antigas eram românticas e se diferenciavam das de hoje que são um espetáculo de técnicas de comunicação.
Colocar link não é técnica de comunicação. Nem ficar repetindo lead ao longo da matéria, que é um vício do noticiário on line. O helicóptero caiu matando o piloto, diz o primeiro parágrafo. O helicóptero, que caiu matando o piloto, diz o segundo. O helicóptero caiu matando o piloto diz o terceiro. Dá vontade de amassar e colocar no lixo, mas o troço é feito de luzinhas, não dá. Um texto desses nem chegaria a ser confeccionado numa redação antiga, pois os idiotas eram barrados no primeiro vagido. Hoje chegam à chefia.
Nas redações antigas, diz Benício, que é um veterano respeitado, os jornalistas eram escritores. Claro, para ser jornalista era preciso saber escrever e não ser adepto da literatice minimalista de hoje (“dia desses”, por exemplo). Se o idiota que fez a matéria soubesse que literatura é o uso intensificado de todos os recursos da linguagem, poderia usar o seu chapéu. Mas como tem preconceito contra redação antiga, acha que pode confinar o jornalismo clássico à ficção e à incompetência técnica.
Na época, como a internet hoje, existia o rádio, que estava no auge e dava noticia quente a toda hora, mas as pessoas faziam fila para comprar o Globo, a Ultima Hora, o Jornal do Brasil, pois lá tinha o essencial: grandes reportagens, excelência da linguagem. Mas quem pode contra a hegemonia da imbecilidade pontificando sobre o que não sabe e nem viveu?
GETÚLIO E O FUTEBOL - A calúnia histórica contra Getúlio Vargas jamais baixa a guarda, está sempre em atividade. Não basta destruir o Brasil soberano, é preciso mentir todos os dias para convencer sucessivas gerações que a merda de hoje é que é a boa e que os anos governados pelo grande estadista foi uma época sinistra . Agora foi a vez da historiadora Melina Pardini, da USP, com o mestrado A Narrativa da Ordem e a Voz da Multidão: Futebol na Imprensa durante o Estado Novo.
Sabe o estádio do Pacaembu, a jóia dos estádios brasileiros, até hoje um exemplo de modernidade e design? Foi um “artifício de controle ” da ditadura estadonovista, segunda a acadêmica. Sabe a seleção brasileira, que pela primeira vez foi representativa de todo o país (copa de 1938, quando ficamos pela primeira vez entre os quatro maiores) quando Getulio estava no poder? Foi outro “artifício”. devido à "preocupação com a unidade nacional. O governo propiciou a criação de uma seleção com os melhores jogadores para promover o futebol brasileiro no exterior." Isso lá é artifício? Isso não seria política pública responsável? Na Era Vargas, até o suspiro de Getúlio vira suspeito.
Vejam como Getúlio era malvado. Também havia preocupação em disciplinar as torcidas. Por isso vemos as multidões bem comportadas na época. Hoje são um bando de gangsters que tomam conta dos estádios. Hoje é que é bom.
O GENERAL DEMITIDO – Os covardes adoram debochar das Forças Armadas e a demissão do general Maynard Marques de Santa Rosa serviu para inúmeras manifestações de idiotia na internet. Mas o problema é que o general denunciou o projeto da Usaid americana no Correio Braziliense há dois meses , um projeto que queria engolfar grandes áreas do Brasil e colocá-las sob a hegemonia das Ongs dita ambientalistas. O veto do general Santa Rosa impediu que o troço fosse adiante. Mas a idiotia impera e o bom é querer retaliar a “ditadura militar”.
Pois, meninos, eu vi e ninguém me contou. Antes do golpe de 64, tínhamos, como hoje, os falsos corajososo falando pelos cotovelos e gritando contra os gorilas e tubarões. Foi só os raposões políticos da direita e a porção entreguista (anti-nacionalista) da Forças Armadas (a nacionalista foi perseguida) darem um peido para todo mundo se jogar literalmente nas embaixadas. Onde estavam os machões? De rabo entre as pernas. E foi assim que perdemos o direito de ter governos trabalhistas legítimos, pois o golpe foi contra a herança de Getúlio.
Quem proporcionou a ocupação brasileira da Amazônia? Getúlio Vargas e seu ministro João Alberto, com a Operação Xingu. Hoje toda aquela porção brasileira está na mão da cobiça internacional, que sob a desculpa de defender os índios e a biodiversidade querem tomar conta de tudo, pois a riqueza está lá. E quem se insurge, emite sua opinião contra as sacanagens (Santa Rosa falou mal da denominada Comissão da Verdade do decreto dos Direitos Humanos), basta se manifestar, para os democratas de careirinha caírem em cima.
É a idiotia a serviço da tunga do butim. O dinheiro público e o patrimônio sagrado da nação estão nas garras dessa canalha. Fora, basta. Chega, porra!
RETORNO - 1. Imagem desta edição: briga de torcidas. Hoje sim que é bom e não aquele bom comportamento da Era Vargas. O negócio é deixar as bestas fazerem o que bem entenderem para provar que o povo é isso mesmo. 2. Momento de Uruguaiana: jornal da minha terra estreia site novo e mostra como fazer bem feito na rede e no impresso.
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