Nei Duclós
Faço tudo para que não haja dano
A sede abastecida, o abraço de gerânios
Mas há sempre o rosto em desabrigo
A lágrima perdida, o sonho que se esfuma
Há sempre o momento após o banho
Em que ficas esquecida a admirar o inverno
Sentes falta do frio em tua vida
O tempo da partida, o adeus da primavera
É tua vocação ao drama, alma cativa
Queres respirar tranquila em clima tépido
Enquanto mastigas o miolo de um conflito
Vou fazer tua vontade, arrebentar os vidros
Soltar a criação no campo abandonado
Te atirar no chão com meu coração partido
RETORNO - Imagem desta edição: obra de Paul Chabbas
Nenhum comentário:
Postar um comentário