Nei Duclós
O silêncio não gera o saber
e sim a palavra que medra
nesse protegido berço
A fala alimentada no leito
que levita é o paradoxo
de uma herança surda
Seria dolorosa a fuga
da redoma não fosse o verso
que entra num acordo
O poema é feito as mãos
do parto que envolve o grito
cevado no ventre sem ruído
O que o rebento dita
está além do balido. É síntese
da criação, uma nomenclatura
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