Ponha de lado o que digo
Abrace o que vem do fundo
A palavra, pobre mendiga
Fica muda e sem domínio
Quando roça a superfície
Dela só ouves o grito
O que vale vem da gruta
Onde o tempo, irremovível
Risca as paredes antigas
É o poema, anterior ao trono
E às lambanças da politica
Sagrado templo de outono
Guardião de águas divinas
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