Nei Duclós
O amor é pouco, embora a sobra
alcance o teto e faminta olhes
a colcha escassa em tanta obra
pernas espalhadas e corpo nobre
Sente falta o amor do que lhe cabe
esparramo de margem sem costura
tudo nos conformes da loucura
contornos de fogo, fiação de cobre
Construo uma ponte entre o abraço
o que nada diz no grude em dúvida
ligo teu coração ao que me suga
Estamos zonzos ao acordar em Marte
e ver a Terra namorando a Lua
no céu que teu batom pinta escarlate